segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Como começar?

Vocês que apenas lêem, não sabem como é difícil começar, eu quando a algumas semanas atrás era apenas leitor, também não imaginava isso. Digo, é torturante ver um espaço, nos tempos de blog o papel foi substituido pelo espaço, em branco. E, mais torturante ainda, é querer escrever mas, não saber sobre o quê nem por onde começar.
E o pior nem é isso. É que tudo em qualquer área da vida, é difícil de se começar. Seja na escola, quando somos crianças e a mãe tem de vir conosco nos primeiros dias, seja mesmo respirar, quando saímos do ventre desta e, por isso mesmo choramos, além do frio que faz aqui, em comparação á aconchegante barriga de nossa progênitoras...
E, o mais estranho, é que depois de algum tempo, que é relativo para cada pessoa, nos acostumamos e, aquilo passa a ser rotineiro e, nos esquecemos do medo, da aflição, do desespero que foi, o primeiro passo, a primeira letra, a primeira nota, o primeiro contato com o mundo exterior. Tudo na nossa vida é o primeiro, o primeiro passo mesmo, quando se é pequeno, a primeira palavra, a primeira comunhão, a primeira amizade, a primeira festa, o primeiro beijo, a primeira namorada, a primeira paixão (Que, nos casos anteriores, não precisam ser, necessáriamente, a mesma pessoa) a primeira transa, o primeiro carro, o primeiro salário em alguns casos, o primeiro filho...
Depois, tudo se torna "comum", todos pensam: "Já fiz, não tem mais graça!"
Mas, como é difícil o tal do primeiro!
A explicação é simples e antropológica, a sociedade, não é de hoje, sempre deu valor ao primeiro, não importa a época, o pai sempre é mais que o filho, porém, é 50% do avô e assim sucessivamente até o patriarca, por esse motivo até, que comida de vó é boa e de mãe é sempre =/.
Existe apenas, uma coisa que nos consola, nós já fomos o primeiro... espermatozóide, pelo menos...
Abraços

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